25 de nov de 20211 min
Os cetáceos se destacam entre os grupos de organismos que evoluíram dependentes do uso do som em meio aquático. Entre os cetáceos viventes há dois grupos principais: os misticetos (comumente reconhecidos como baleias) e os odontocetos (golfinhos), os quais podem ser diferenciados, por exemplo, pelos seus aparatos bucais e utilização destes para captura de alimento. Outra maneira de diferenciar esses dois grupos é por meio das características do repertório sonoro.
Golfinhos e baleias emitem sons com diferentes propósitos, como por exemplo, para atrair parceiros para cópula, para expressões de alerta entre predadores e presas e delimitação de território. Além disso, o som pode ser utilizado como um processo de percepção ativa, envolvendo a produção e a recepção de ondas, chamado ecolocalização. Neste caso o som é utilizado como referência geográfica. Este processo envolve a produção de som, geralmente emitido em um curto intervalo de tempo e em alta frequência, cujo eco ou reverberação no ambiente é interpretado e utilizado como auxílio na orientação ou na captura de uma presa. Resumidamente, o som pode ser utilizado pelos cetáceos com funções de comunicação e sociabilidade, assim como em um sistema de georreferenciamento. Entretanto, nem todos os cetáceos ecolocalizam. Apesar dos misticetos e dos odontocetos emitirem sons, apenas os odontocetos são reconhecidos como ecolocalizadores.
Para saber mais, acesse o post “Os sons dos oceano” publicado em 16/03/2016.
Criação: Mariane Soares (@marisoares.art), com palpites das editoras do Bate-Papo com Netuno.