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Simpósio: Por mais mulheres na Zoologia, CBZOO 2020

Atualizado: 18 de mar. de 2020


No dia internacional da mulher queremos lembrar da importância de seguirmos na discussão sobre questões de gênero na Ciência.


Nos últimos dias 5 e 6 de março, Rafaela Falaschi (UEPG) organizou um Simpósio chamado "Por mais Mulheres na Zoologia" durante o XXXIII Congresso Brasileiro de Zoologia, em Águas de Lindóia, SP. Foi a primeira vez em que estive em um congresso científico com tanto espaço e com tanto destaque para discutirmos essas questões. Além de termos enchido o salão nos dois dias, tivemos um público bem diverso, escutando, comentando, se engajando. Foi mais do que lindo, foi necessário.


Foram muitos assuntos discutidos, por mulheres incríveis, que não posso deixar de citar: Márcia Barbosa (UFRGS, diretora da Academia Brasileira de Ciências), Annie Hsiou (USP), Fernanda Werneck (INPA), Laura Sousa (UNIFESP), Veronica Slobodian (UnB), Priscila Camelier (UFBA), Thaís Guedes (UEMA). Tive muito orgulho de estar entre elas.

Da esquerda para a direita: Priscila, Thaís, Lívia Fusari (UFSCAR, moderadora da mesa), Rafaela e eu.

Falamos sobre representativade das mulheres na ciência, maternidade e ciência, síndrome do impostor, redes de cooperação entre mulheres, mulheres no campo e conhecemos de um jeito profundo e encantador a história da Bherta Lutz. Eu não tinha ideia do real tamanho da importância dessa cientista, especialmente sobre sua luta pelos direitos da mulher (se hoje podemos votar, agradeça à Bertha Lutz). E foi chocante notar como muitas das lutas de Bertha, são as mesmas de hoje.


Eu estive como palestrante, junto com Verônica Slobodian, numa mesa redonda sobre "Mulheres no campo" e falei sobre assédio em embarques. Foi um momento muito tenso e emocionante, com lágrimas na plateia (eu já tinha derramado minha cota enquanto analisava os dados). Mas também foi gratificante perceber que os dados que apresentei causaram desconforto e um desejo/necessidade de fazer algo para mudar o cenário das mulheres que precisam trabalhar em ambientes confinados e perigosos. Queremos agradecer a todas as mulheres que responderam ao formulário sobre assédio em embarques, em breve divulgaremos os resultados.


Tenho certeza que depois deste evento muitos laços e redes foram criados e que saímos de lá com propostas de ações para melhorarmos o cenário de inserção das mulheres na ciência, contribuindo para uma sociedade mais justa e mais eficiente.


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